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Cresce o número de startups e empresas de tecnologia no Sul

Cristian Aquino, CEO Camerite. Foto: divulgação

Segundo levantamento recente da DataHub, plataforma de inteligência de dados multimercado, nos últimos 10 anos quase 30 mil empresas de tecnologia foram abertas na região Sul do país, gerando uma média de 66.071 empregos no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Com grandes polos tecnológicos distribuídos pelo Brasil, Florianópolis é considerada a Ilha do Silício no Brasil, fazendo referência ao Vale do Silício no Estados Unidos.

A capital catarinense possui a maior densidade de startups por 1 mil habitantes no país, são 5 negócios para cada 1 mil habitantes, segundo a Associação Catarinense de Tecnologia (Acate)

Conheça 6 startups que se destacam na região Sul:

Nexxera

Criada em Florianópolis em 1992, a Nexxera, gateway de transações financeiras e mercantis, aproxima as tendências do futuro oferecendo soluções que tornam os processos financeiros e mercantis mais ágeis e automatizados.

Por meio da tecnologia, a empresa transforma a gestão de negócios e contribui para gerar mais eficiência na administração empresarial.

Com mais de 86 instituições financeiras e 47 adquirentes homologadas, a empresa registra mais de 3,4 trilhões de reais transacionais ao ano, em uma média de 7 bilhões de transações. Hoje já conta com mais de 5 mil contratos ativos. 

Camerite 

Com soluções de videomonitoramento por meio da Inteligência Artificial, câmeras de vigilância integradas e imagens armazenadas 100% em nuvem, a Camerite, startup criada por Cristian Aquino em 2012, em Joinville, atua com a missão de ressignificar a segurança na sociedade. 

Em junho deste ano, a empresa captou um aporte de R$ 15 milhões do Zaphira Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia.

O investimento será aplicado na expansão da startup no mercado brasileiro, principalmente nas áreas de marketing e vendas, no desenvolvimento de sua Inteligência Artificial e em novas pesquisas. 

A expectativa da empresa, que oferece soluções tanto para o consumidor final quanto para a segurança pública, é conectar 500 mil câmeras nos próximos quatro anos.

Atualmente, a empresa é a maior plataforma de videomonitoramento online da América Latina e conta com mais de 300 mil usuários e mais de 600 cidades monitoradas. 

Capitalz

Lançada durante a pandemia, mas atuante desde 2018 como boutique, a Capitalz é uma fintech de crédito para médias empresas que tem o objetivo de facilitar o acesso do médio empresário a investidores e financiadores para crescer. Dessa forma, já atendeu mais de 150 negócios com serviços para rodadas de captação de recursos.

Além disso, estrutura operações por meio de tecnologia matchmaking para investidores institucionais que buscam apostar em negócios de médio porte, fornecendo empresas perfeitamente compatíveis com suas teses de investimento. Com os seus serviços, a empresa atingiu a marca de R$ 1 bilhão em negociações. 

Com sede em Florianópolis, a startup decidiu abandonar o trabalho presencial e criou uma casa-escritório para preservar a união da equipe ao mesmo tempo em que mantém o home office, adotado durante a quarenta.

Além de ter o objetivo de aumentar a produtividade, qualidade de vida e motivação do time, a escolha da localização da casa-escritório também foi estratégica, pois fica próxima à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), local catalisador de talentos da tecnologia que a startup pretende absorver no futuro.

STARK

A STARK é a primeira M&ATech do Brasil, criada em 2016 pelos empreendedores João Vitor Carminatti e Rodrigo Ruiz.

João, o CEO da startup, é de Florianópolis, e fundou a empresa para causar uma disrupção no setor de fusões e aquisições, que era ainda bastante tradicional.

A startup tem como missão promover M&As dentro do segmento de middle market, conectando PMEs a investidores com custos mais acessíveis e de forma muito mais rápida, transparente e moderna por meio do uso da tecnologia.

Para isso, a empresa criou a primeira solução SaaS para M&A do Brasil, na qual a remuneração da plataforma só se inicia após a comprovação da existência de um investidor formalmente interessado, o que, na STARK, configura um match.

Hoje, a empresa dispõe de uma estrutura tecnológica capaz de apontar para qualquer empresa do país, inclusive fora do eixo Rio-São Paulo, todos os potenciais investidores que ela poderia ter à sua disposição com extrema velocidade.

Formada por um time de experientes executivos do mercado financeiro de M&A que atuam dentro e fora do Brasil, já possui mais de 500 investidores em sua plataforma e 280 teses de investimentos.

Juntos, os investidores atualmente cadastrados na plataforma possuem mais de U$ 15 bilhões sob gestão, disponíveis para investimentos no Brasil.

CustomerX

Fundada em 2017 na cidade paranaense de Toledo, a startup CustomerX apresenta um software para gestão de Customer Success (CS) que entrega soluções para que empresas Software as a Service (SaaS) aumentem sua receita por meio do gerenciamento da relação com o cliente.

Empresas como a Abstartups (Associação Brasileira de Startups), Neemo (Linx), Exact Sales, PetLove, Siagri, Tray (Locaweb), TecnoSpeed e Track são atendidas pela CustomerX, que tem como objetivo se tornar a principal ferramenta de Customer Success do país e, assim, preparar o terreno para uma expansão global em 2022.

O software de gerenciamento ajuda empresas SaaS a identificarem como seus clientes estão se relacionando com os serviços prestados.

O sistema possibilita a tomada de decisões mais proativas e orientadas por dados, o que contribui para a fidelização do consumidor e redução na perda de receita causada por eventuais cancelamentos.

Por conta da solução inovadora, a startup recebeu um aporte de R$ 1,5 milhão dos grupos de investidores G2 Capital, BR Angels, DOMO Invest, Bossanova Investimentos e EquityRio no primeiro semestre de 2021.

Chiefs.Group

A empresa Chiefs.Group, fundada em Porto Alegre no ano passado, é responsável por criar um novo modelo de aceleração de startups: o Chief as a Service.

Por meio dele, grandes executivos são disponibilizados para trabalhar part time no desenvolvimento de novos negócios. Em troca, recebem equity e se tornam sócios das startups. 

A proposta é inédita no cenário nacional de desenvolvimento de startups pois vai muito além da tradicional mentoria oferecida no setor, já que os participantes têm um plano de ação estruturado para dar resultados para o negócio.

Como as startups passam a fazer parte do portfólio de carreira dos executivos, elas não precisam arcar com o peso de uma contratação de um profissional de alto escalão para crescer. 

Hoje, a empresa conta com 150 executivos na sua rede e atende 15 empresas com o modelo.

A empresa planeja atender cerca de 300 startups nos próximos cinco anos e espera que ao menos 200 delas se tornem aptas a receberem investimentos do mercado, já que a intenção é também colaborar com grupos de investidores na seleção de startups promissoras para o recebimento de aportes.

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