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Seis conselhos que líderes de tecnologia querem que você saiba

Foto: Pexels /Pixabay

A revista de negócios estadunidense Fortune colocou, recentemente, o setor de tecnologia entre os três com os melhores desempenhos, em receitas, lucros e retornos de ações, nos últimos três anos, com 20 representantes entre as 100 empresas listadas globalmente.

No Brasil, os negócios digitais também estão em alta, muito em função do impulso gerado pela pandemia e seus impactos sobre o mercado de tecnologia da informação, com crescimento na casa dos 11%, conforme dados da consultoria IDC para 2021.

Que o setor está em alta, sobretudo pela ascensão das startups, não se discute, mas à medida em que ele vem crescendo, também fica mais difícil sobressair e encarar a inevitável competitividade no caminho para se tornar relevante em seus empreendimentos.

A seguir, líderes de tecnologia de setores como construção civil, sistema financeiro e que promovem a diversidade, entre outros, compartilham o que toda empresa do universo “tech” precisa considerar para ter sucesso e ganhar o mercado:

Gestão e planejamento “pé no chão” 

A importância do planejamento estratégico em empresas é indiscutível. Mesmo assim, nem todos os gestores criam planejamentos eficazes para os seus projetos. Infelizmente a dificuldade de criar planos previsíveis faz com que muitos gestores sejam os maiores responsáveis pela ineficiência em operações.

Segundo Paula Lunardelli, CEO da Prevision, construtech desenvolvedora de uma plataforma de planejamento eficiente de obras, a melhor eficiência encontra-se justamente em ter conhecimento de todos os objetivos da empresa e balanceá-los com os recursos disponíveis.

“O setor de construção civil, por exemplo, é conhecido por atrasar entregas, seja por conta de fatores externos não controláveis, ou muitas vezes por outros que poderiam ser evitados. É por isso que a Prevision se destaca no mercado e consegue construir novos cenários de forma rápida, agilizando a análise e tomada de decisões. A estratégia também é aplicável a outros segmentos de mercados”, relata.

Hoje, a startup está presente em mais de 500 canteiros pelo Brasil e, com sua plataforma, consegue reduzir desperdícios e o prazo de entrega de obras em até 25%.

Forme equipes diversas e inclusivas

Empresas que promovem uma cultura de diversidade e inclusão conseguem ter times mais adaptáveis e eficazes, fazendo disso uma vantagem competitiva. Entretanto, as corporações precisam ir além da “tendência” de mercado ou da mera aparência. É preciso investir em práticas inclusivas, tendo a intenção de agregar valor ao debate do assunto.

Hóttmar Loch, CEO e especialista em D&I da Nohs Somos, startup especializada em promover o bem-estar do público LGBTI+ e auxiliar as empresas na sua gestão inclusiva, afirma que é necessário que os valores e o propósito da empresa estejam conectados com as políticas D&I:

“As práticas inclusivas nas empresas devem ser criadas junto a especialistas e com o envolvimento dos pertencentes a tais pautas. Quanto mais diversa a equipe da organização, maior a chance das ações serem verdadeiramente inclusivas para todas as pessoas”.

Antever tendências

Eládio Isoppo, CEO e cofundador da fintech de reconhecimento facial para pagamentos Payface, que hoje está presente em uma das lojas da maior rede catarinense de supermercados, o Angeloni, e em unidades da Drogaria Iguatemi, destaca que, por mais que o sucesso de um negócio seja definido por ações e não ideias, a inovação é pré-requisito para o funcionamento de qualquer startup:

“Não fique esperando o mercado vir te dizer qual solução precisa ser desenvolvida, preste atenção no segmento de seu interesse, ouça suas dores e procure antever as tendências dos próximos anos”.

Ofereça soluções personalizadas

A Supero Tecnologia, empresa de soluções em TI e alocação de profissionais especializados, passou, recentemente, por uma reestruturação interna para oferecer ao mercado soluções customizadas a cada estratégia de negócios. Na prática, isso significou a estruturação de duas novas áreas, de soluções e de arquitetura e governança, que trabalham de forma interdependente e complementar.

“A área de soluções tem a missão de fazer uma interpretação profunda do que pode criar valor para o cliente e, com a ajuda da arquitetura e governança, construir o melhor arranjo de tecnologias, práticas e métodos que devem ser incorporados pela organização para sanar aquela dor. É uma abordagem mais consultiva, que prioriza uma entrega customizada, em detrimento a um produto pronto da prateleira”, conta Sidnei Bunde, CEO da empresa.

Segundo o executivo, a mudança vem ao encontro de um mercado que demanda cada vez mais soluções tecnológicas sem ter muita certeza do que precisa incorporar aos negócios:

“É preciso fugir das tecnologias da moda. Elas nem sempre são adequadas às dores da organização. A digitalização só trará benefícios se houver um investimento numa radiografia precisa da empresa”.

Estude e prepare novos mercados

A expansão de negócios é o objetivo de toda empresa do setor de inovação, mas a ansiedade por reconhecimento no mercado e falta de experiência podem afetar bons resultados.

A Winker, empresa de soluções para gestão no setor imobiliário que fechou o quadrimestre com aumento de 78% na receita em relação ao ano passado, frisa que estudar as oportunidades com calma e objetividade é essencial. Um exemplo prático disso é de quando a companhia planejou expandir suas operações para a cidade de maior concorrência: São Paulo.

Sem precipitações, a empresa estabeleceu um escritório na capital durante o período de um semestre apenas para sondar o mercado, começar relacionamento com clientes em potencial e adaptar sua solução tecnológica às demandas.

“Em Florianópolis, detínhamos 75% do mercado, mas isso pouco importava para o ‘novo cliente’. Conseguimos aproveitar a oportunidade de crescimento através de boas estratégias. Se trabalhando duro já é difícil conquistar algo, imagina fazer isso despreparado”, opina Henrique Melhado, CEO da Winker.

O resultado comprovou que a paciência é aliada do sucesso de negócio. Atualmente, a empresa atua em 16 estados brasileiros, com 37% da carteira de clientes em São Paulo

Invista em parcerias e inove sempre

No mercado de tecnologia, inovar é essencial para se manter vivo. E as parcerias com instituições de ensino para pesquisa e desenvolvimento de soluções são uma excelente forma de fazer isso.

Carlos Roberto De Rolt, fundador da  BRy Tecnologia, empresa que desenvolve soluções de identificação, formalização e registro digital e tem mais de 20 mil clientes em todo o Brasil, explica que essa busca constante por tecnologia de ponta que resolva os problemas dos clientes é uma parte essencial da estratégia da empresa.

“Desde o começo, em 2001, a BRy investiu em parcerias com universidades para a criação de alta tecnologia brasileira e isso nos permitiu ser a empresa com a maior gama de soluções em segurança digital do país”, conclui.

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