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Economia SC Drops: diretor de Smart Cities da Acate fala sobre ações para tornar Florianópolis referência na área

Foto: divulgação

Nesse Economia SC Drops, conversamos com Diego Ramos, diretor da vertical de Smart Cities da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE), membro do Conselho do Instituto Nacional de Infraestrutura e Construção Inteligente e Sustentável e sócio-diretor da Teltec Solutions, sobre as ações que visam transformar Florianópolis referência no conceito de cidades inteligentes. Confira abaixo:

Quais são as características de uma Smart City?

Diego: Uma Smart City tem que ter foco, acima de tudo, no cidadão. Além disso, tem que estar voltada para melhorar a sua vida no dia a dia. Smart Cities é conectar pessoas e buscar tirar proveito dessa inteligência coletiva. Não existe futuro do planejamento urbano sem uma camada de inteligência e tecnologia. Além disso, não existe cidade inteligente se não tivermos cidadãos inteligentes. O cidadão tem que ter condições de acessar toda essa tecnologia disponibilizada, como por exemplo, acessar os serviços e os aplicativos ofertados pelos municípios. Se um país quiser crescer e se desenvolver, é preciso encorajá-lo a criar cidades inteligentes.

O plano é tornar Florianópolis em uma cidade referência nesse conceito. O que já está sendo feito? Por quem?

Diego: Em 2018 foi criada a Rede de Inovação Florianópolis, uma parceria entre a ACATE e a Prefeitura de Florianópolis. São quatro centros de inovação: Centro de Inovação ACATE Downtown (Centro), Centro de Inovação ACATE Primavera (SC-401), Centro de Inovação ACATE Sapiens (Norte da Ilha) e Soho (na região continental), credenciados à rede, que tem o objetivo de estimular a cultura de inovação e empreendedorismo, além de gerar e escalar negócios inovadores em Florianópolis. O objetivo desses centros é realizar atendimentos aos empreendedores interessados em conhecer e empreender na capital catarinense, capacitações, eventos e maratonas de tecnologia e inovação, aumento no acesso a investidores e atração de negócios para a cidade. Um exemplo é o Living Lab Florianópolis, uma iniciativa da rede que aconteceu no primeiro semestre de 2019. O objetivo é integrar entidades, empresas, academia, governo municipal e moradores, para gerar pesquisa e desenvolvimento para tornar a capital catarinense em uma cidade inteligente.

Alguns números da Rede de Inovação desde a sua implementação:

  • Atendimento a mais de 1 mil empresários ou potenciais empreendedores interessados em empreender no município.
  • 646 eventos que impactaram diretamente mais de 13  mil pessoas. 
  • 117 capacitações, com mais de 1000  participantes.
  • 476 visitas técnicas recebidas, envolvendo 4457 pessoas.
  • 947 atendimentos nos escritórios de Promoção da Inovação.
  • 17 missões técnicas nacionais e internacionais.
  • Mais de 40 mil visualizações na página da rede.
Florianópolis já é um polo de inovação e tecnologia do país. Como isso colabora para que a cidade se torne a referência citada acima?

Diego: A forma como as cidades precisam cada vez mais se organizar daqui para frente está baseada em dados, tecnologia e infraestrutura conectada. Por outro lado, temos diversas empresas aqui do nosso polo de inovação que possuem tecnologias e soluções testadas e comprovadas e que podem endereçar boa parte dos problemas encontrados na nossa cidade e que já poderiam estar sendo utilizadas inclusive no nosso dia a dia. Em junho do ano passado criamos a Vertical de Smart Cities da ACATE que tem como objetivo aproximar governo, universidades, sociedade civil organizada e iniciativa privada para que juntos possamos discutir e encaminhar ações visando tornar nossas cidades cada vez mais inteligentes.

Quais os benefícios que a sociedade vai sentir com essas ações?

Diego: Ao empregarmos inovações tecnológicas nas gestões municipais, por exemplo, conseguimos otimizar serviços públicos, gerar desenvolvimento econômico e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. As rotas dos ônibus, por exemplo, podem mudar para se adaptar às necessidades dos passageiros e às situações de tráfego. As soluções inteligentes típicas das Smart Cities impactam diversos setores como:

  • Mobilidade
  • Segurança
  • Energia
  • Água
  • Lixo
  • Prédios inteligentes
  • Saúde
  • Educação
  • Finanças
  • Turismo e Lazer
  • Varejo
  • Indústria
Quais os próximos passos?

Diego: No contexto atual de pandemia e até mesmo pós-pandemia, as cidades precisarão, ainda, criar espaços muito mais flexíveis e inteligentes de trabalho e de convivência à disposição da sua população em geral. Estamos para anunciar, em breve, um investimento importante de empresas privadas a ser realizado aqui na cidade de Florianópolis, no qual será criada uma plataforma de conectividade que permitirá os governos locais experimentarem o que uma infraestrutura inteligente pode fazer por eles. E adquirindo esse conhecimento, eles podem escolher as melhores soluções para as cidades e para os cidadãos.

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