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Pela segunda vez, pandemia muda comportamento e ações de Páscoa

Foto: sweetlouise/Pixabay

Na Páscoa deste ano o mundo se viu enfrentando uma novidade sem precedentes: a chegada da pandemia um mês antes do feriado que movimenta o comércio mundial. 

No decorrer do ano, empreendedores de todos os setores precisaram aprender a se adaptar ao novo cenário para manter os negócios em andamento.

Agora, um ano depois, o cenário permanece o mesmo, mas com menos surpresas para o setor varejista. 

Pela segunda vez, a Páscoa dos brasileiros será com medidas restritivas. Com isso, as empresas precisaram se preparar de uma forma diferente para evitar o prejuízo e garantir a visita do coelhinho nos lares do país.

A digitalização do processo de compra é uma das apostas para a comemoração da data. 

Segundo levantamento realizado pelo iFood, a compra de chocolates na Páscoa do ano passado aumentou em 148% em relação ao período em 2019. 

Isso levou ao fortalecimento de ações das marcas dentro do aplicativo, como descontos, cupons de compra e promoções.

Em Santa Catarina, conforme a Associação Catarinense de Supermercados (ACATS), o crescimento também deve acontecer nas empresas supermercadistas, mas de forma mais moderada. 

O levantamento foi feito por meio de sondagem, que apontou que 47% dos empresários indicaram ter comprado mais produtos do que na campanha do ano passado.

Os produtos artesanais também vem ganhando mais força durante a pandemia. Uma pesquisa feita pelo Fecomércio-SC indica que dois em cada dez clientes pretendem comprar chocolates artesanais em 2021.

Quem gostou da preferência foram os produtores artesanais do estado, como Karine Gresser, da Cacau Kiss, de Blumenau. Com apenas cinco anos no mercado, a empresa familiar sentiu que, durante a pandemia, mais pessoas passaram a buscar pequenos empreendedores, o que ajudou a alavancar os negócios. 

Em 2019, a empresa produziu 600 kg de chocolate. Em 2020, conseguiram produzir 400 kg antes de parar a produção por causa da pandemia. Em compensação este ano, a produção subiu para mais de 1 tonelada.

“Tivemos que aumentar a loja para dar mais mobilidade aos clientes e manter o distanciamento. Também melhoramos a integração do sistema para acompanhamento real das vendas”, conta a empreendedora. 

Ela também explica que o maior aprendizado na quarentena foi com a organização, para otimizar as entregas de pedidos de delivery e atendimentos virtuais:

“Terceirizamos as entregas e passamos a atender no formado de retirada, onde o cliente deixa reservado o produto que comprou e busca quando for melhor para ele. Além disso, contratamos mais pessoas para atender o aumento da produção”, conclui.

Pesquisa indica o perfil do consumidor dos pequenos negócios na Páscoa

O empreendedor que planeja direcionar seus esforços para vender mais nesta Páscoa deve ficar atento ao perfil dos potenciais clientes.

Mulheres, com mais 40 anos e ensino médio completo são os consumidores mais propensos a comprar de pequenos negócios na data, segundo pesquisa realizada pelo Sebrae-SP este mês.

O levantamento mostrou que 52,5% dos entrevistados que disseram escolher um pequeno negócio para comprar na Páscoa são mulheres.

Ainda sobre o perfil sócio demográfico, a maior parcela (41,3%) tem entre 40 e 59 anos e 50,9% completaram o ensino médio.

A maior parte dos consumidores de pequenos negócios, ou seja, 68%, pretende comprar ovos de Páscoa, já 55% afirmaram ter intenção de levar para casa chocolates em geral e 16% pretendem adquirir ingredientes e bebidas para o almoço e jantar.

Em média, o consumidor dos pequenos negócios vai adquirir 3,1 presentes, número que sobe para 3,7 quando se trata do comprador dos grandes.

A pesquisa constatou ainda que o tíquete médio no pequeno negócio é de R$ 151,50, já no grande, R$ 190,30.

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Jornalista e repórter do Economia SC

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