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Não podemos desligar os nossos motores

Foto: divulgação

Por Ari Rabaiolli, diretor-presidente da Aceville Transportes e presidente da Fetrancesc, Transpocred e Conselho Regional do SEST SENAT/SC.

Enquanto no primeiro semestre do ano passado todos os indicadores caíram gradativamente, de agosto do ano passado para cá foram só altas. Mas isso não significa um cenário positivo. Ao contrário: há números que podem indicar boas perspectivas, ao passo em que outros pode ser justamente o oposto.

Os dados divulgados pela pesquisa DECOPE, da NTC & Logística, no dia 18 de fevereiro, retratam esta oscilação muito bem, a começar pela variação nos custos do transporte. Enquanto em agosto de 2020 era de 3,50% para o transporte de cargas fracionadas, chegou em 9,43% neste começo de ano. Da mesma forma ocorreu para o segmento de carga lotação/fechada, saltando de 2,57% para 7,15%.

Muito disso se deve ao aumento no preço dos caminhões, também a elevação muito significativa do preço dos pneus e da matéria-prima dos implementos rodoviários, a exemplo do aço, alumínio e lubrificantes, além, logicamente, do diesel. Tudo subiu muito.

O que surpreende é a condição de reajuste no preço do frete: a grande maioria não conseguiu repassar esta variação dos custos. Apenas 27,8% das empresas conseguiram reajustar o valor do frete em pouco mais do que 5% do valor praticado, a maioria delas, 41,4%, manteve o valor, e 30,8% precisaram dar descontos na atividade, uma média de 8%.

A propósito: também variou, igual a uma montanha russa, o preço do diesel. Por incrível que pareça, a pandemia fez este indicador despencar. Saiu de R$ 3,866 em dezembro de 2019 para R$ 3,106 em maio do ano passado e fechou o ano com as bombas marcando R$ 3,778.

Agora é acreditar que, passados os dois meses (a contar de março) da suspensão dos impostos federais sobre o diesel, tenhamos uma alternativa definitiva para o combustível.

Até porque precisamos tentar manter a melhora no desempenho das empresas e garantir as engrenagens da economia funcionando em perfeita harmonia.

Isso para que o caminhão circule na indústria, no agronegócio, nos portos, aeroportos, comércio, supermercado e chegue na casa do consumidor.

Afinal de contas, é o transporte que move Santa Catarina. É o transporte que move o Brasil. E nós não podemos desligar os nossos motores.

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