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Tendências que a pandemia fortaleceu e que devemos levar para 2021

Foto: Pixabay

Este foi um ano que trouxe muitas dificuldades e aprendizados para diversos setores. No entanto, as expectativas para 2021 são mais otimistas, visto que o desenvolvimento de vacinas está avançando e a promessa é de que a imunização será feita no decorrer do próximo ano. 

Nesse conteúdo, buscamos reunir alguns cases com lições de negócios que a pandemia fortaleceu e que devemos levar para 2021, confira abaixo:

HOME OFFICE

No início da pandemia no Brasil, em meados de março, o trabalho remoto foi um desafio para colaboradores e gestores. Porém, com as devidas adaptações, o home office passou a ser visto com outros olhos e algumas empresas já perceberam os benefícios do modelo. 

É isso que diz um levantamento realizado pela Pulses, startup que tem soluções de clima organizacional e engajamento medidos de forma contínua.

Nesse estudo, realizado com 456 empresas como Celesc, Neon, Stone e Engineering, e mais de 130 mil colaboradores, foi apontado que 80% dos respondentes disseram estar se sentindo mais produtivos trabalhando remotamente.

Para Bruno Rodrigues, diretor da Vertical People Tech da Associação Catarinense de Tecnologia, apesar do aumento de produtividade, é fundamental fazer uma importante reflexão de como está sendo a real experiência dos colaboradores e empresas com o modelo de trabalho remoto: 

“Naturalmente, as empresas de base tecnológica tiveram alguma vantagem na transição para o home office por conseguirem manter suas operações rapidamente de forma remota. Empresas de outros setores precisaram recorrer à tecnologia para se digitalizar e conseguir continuar seus serviços. A tecnologia é uma aliada para essa transformação digital, porém a adaptação ao trabalho remoto vai muito além da operacionalização. É fundamental que os gestores a utilizem também para avaliar, para além da produtividade, a saúde mental dos colaboradores”. 

PRODUTIVIDADE

Amarrando o tópico anterior, outra preocupação consequente do trabalho remoto era sobre a produtividade das empresas. Será que, de casa, seria possível manter as operações? 

De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), cerca de 20 milhões de trabalhadores brasileiros passaram ao modelo remoto com sucesso, observando aumento nos índices de rendimento, redução de estresse e diminuição dos custos para as empresas.

Na Softplan, uma das maiores desenvolvedoras de software do país, a produtividade dos colaboradores não só se manteve como aumentou. Por isso, já decretaram que o modelo de trabalho vai ser mantido até março de 2021 e já estão estudando um modelo híbrido para os próximos anos. 

“Optamos por tomar esta atitude principalmente pensando na saúde e segurança de todos e, também, pela alta aceitação do modelo remoto na empresa, que tem sido uma experiência positiva para os funcionários, sem comprometimento de entregas”, explica Vanessa Ávila, gerente de Desenvolvimento Humano e Organizacional da Softplan. 

RECURSOS HUMANOS

O setor das de Recursos Humanos vem crescendo bastante nos últimos anos, segundo dados de um estudo do Distrito. A pesquisa mostra que desde 2014 foram captados US$ 473 milhões em investimentos na área e, cada vez mais, se mostra como um diferencial competitivo. 

“A gestão de pessoas, que por muito tempo foi ignorada nas organizações, ganhou destaque desde o início da pandemia, pois viu-se que o maior ativo das empresas sempre serão as pessoas, e com todos trabalhando de casa, é fundamental pensar em estratégias para manter equipes motivadas e oferecer suporte para o trabalho ser realizado de forma adequada. É preciso entender que esta área é um patamar estratégico para as empresas. O momento pede, mais do que nunca, inovação na gestão de pessoas. A tecnologia é uma aliada, porém é preciso obter parceiros e especialistas que busquem gerar impactos positivos e mudanças sociais por meio da tecnologia”, comenta Bruno Rodrigues, diretor da Vertical People Tech da Associação Catarinense de Tecnologia.

Com a pandemia, muitos empregadores começaram a perceber a importância de lidar com o problema financeiro de suas equipes. De acordo com Gustavo Raposo, CEO e fundador da Leve, este ano foi a primeira vez que o RH olhou para o estresse financeiro como um problema real:

“Várias famílias tiveram redução de renda, seja por redução de jornada, seja porque um dos cônjuges perdeu o emprego. Isso impactou diretamente na vida e na performance dos colaboradores. Com isso, o RH começou a entender esse problema como algo perene, mas que foi ‘descoberto’ pela pandemia”.

Segundo ele, a mudança é definitiva, porque o perfil dos profissionais também mudou nos últimos anos:

“Atualmente, as pessoas procuram benefícios que mudem efetivamente sua realidade. Não adianta você oferecer para seus funcionários soluções financeiras focadas exclusivamente em crédito”.

COMUNICAÇÃO

A pandemia também transformou a forma de comunicar e entreter. Por exemplo: o Tik Tok foi o aplicativo mais baixado deste ano e o Instagram trouxe o Reels como novo formato de publicação. Ambos convidam os usuários a participarem dos desafios criando conteúdos divertidos, rápidos e altamente virais. 

Segundo a consultora de marketing, Camila Renaux, essas funcionalidades reforçam a tendência das empresas e de quem consome esse tipo de conteúdo:

“As pesquisas apontam que, em 2021, teremos um consumidor em busca de mais propósito e coerência entre discurso e ações efetivas por parte das marcas, assim como uma maior valorização da agilidade e da colaboração”. 

Outra tendência que deve se fortalecer ainda mais no próximo ano é a voz:

“Com o crescimento de assistentes virtuais entre gigantes da tecnologia como Google, Apple e Amazon, as buscas por voz se tornarão cada vez mais habituais e exigirão de marcas e empresas um novo olhar sobre a otimização para buscadores”. 

O mesmo vale para os podcasts, que tiveram enorme projeção este ano e seguirão assim em 2021. Segundo pesquisa do Spotify, pelo menos 64% de Millenials e da geração Z aumentaram o consumo de podcasts ao longo do ano para informação e entretenimento.

EDUCAÇÃO

Na pandemia, as escolas públicas e privadas tiveram que fechar suas portas e migrar para o ensino digital. A maioria não estava preparada em termos de infraestrutura, recursos e técnicas para repassar aos alunos os conteúdos adequadamente.

No entanto, isso fez com que abrisse um leque de possibilidades, trazendo para a rotina, gradativamente, a utilização de ferramentas que auxiliam no aprendizado.

Além das plataformas de ensino à distância, outras possibilidades podem ser inseridas no contexto da educação, principalmente quando trata-se de tecnologia.

É o caso da Playtable, uma mesa digital com jogos educativos desenvolvido pela Playmove, de Blumenau. 

“A transformação digital, até então uma tendência, virou realidade, inclusive no mercado educacional. Obviamente temos uma série de deficiências já conhecidas na educação do país, mas percebemos uma mudança muito representativa nos mercados em que atuamos. Entendemos que a tecnologia educacional será uma constante no pós-pandemia e os investimentos em recursos educacionais como a PlayTable serão cada vez mais comuns nas escolas”, conta Jean Carlos Gonçalves, CEO da empresa.

Recentemente a edtech lançou uma plataforma de ensino à distância com uma série de materiais de formação para professores e gestores. São conteúdos sobre ludopedagogia, tecnologia educacional e sobre como os recursos da PlayTable podem potencializar a aprendizagem dos alunos, tudo alinhado com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)

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Jornalista e repórter do Economia SC

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