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Sua equipe tem funcionários ou colaboradores?

É nos simples gestos e exemplos que os gestores se mostram como são. Um “bom dia” ou “como você está?” dirigidos a alguém com sinceridade motivam mais do que mil discursos repletos de expressões extraídas dos livros de gestão.

E não se iluda: todo mundo na sua equipe presta atenção a isso. Afinal, desde cedo aprendemos a identificar em casa e nas pessoas o que é discurso e o que é prática e moldamos o nosso caráter pelas atitudes de quem nos educa.

Hoje quero falar de uma sutil diferença em palavras que gestores costumam usar para se referir aos integrantes de sua equipe.

Você tem empregados, funcionários ou colaboradores? Sem detalhar cada definição, trago linhas gerais:

Empregado: de acordo com o Artigo 3 da CLT, “considera-se empregada toda pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a empregador, sob dependência deste e mediante salário.” O termo se refere a um trabalho remunerado por um salário. Embora esta seja uma definição historicamente relevante, pois normatiza a relação e estabelece direitos e deveres a ambas as partes, não traz em seu sentido uma relação de afinidade entre o trabalho realizado pelo empregado e o propósito da organização.

Funcionário: é aquele que exerce ou desempenha funções em estabelecimento público ou privado. O termo deriva do verbo funcionar, ter um desempenho regular. Mais uma vez a palavra não abarca o sentido amplo de propósito que o trabalho pode e deve ter. 

Colaborador: a palavra vem do latim collaboro, que significa laborar junto, trabalhar lado a lado. É uma definição mais inclusiva e sinaliza como empregado e empresa podem se relacionar de uma maneira mais abrangente e com significado. Se há uma alguma afinidade de visão sobre “por que estamos fazendo isso?”, um se preocupa com o outro, um cuida do bem-estar do outro e ambos se beneficiam com os resultados. 

Um ambiente de trabalho colaborativo valoriza o desempenho individual e ao mesmo tempo estimula a performance coletiva. Abre espaço para o crescimento pessoal e profissional, oferece oportunidades de carreira, permite questionar e alavanca o empreendedorismo porque traz embutido em seu conceito o empoderamento de ser dono. É claro que me refiro ao trabalho colaborativo que respeita os requisitos legais da relação entre o trabalhador e a empresa. 

A atitude colaborativa está intimamente ligada às características cooperativistas, setor no qual atuo há mais de duas décadas.

O cooperativismo é feito da livre associação de pessoas com objetivos comuns. Nele, colaborar é um verbo espontâneo. Vejo o futuro do trabalho como um prolongamento natural disso: as pessoas cada vez mais estão buscando ecossistemas produtivos onde identifiquem a vocação para cooperar.

E se você é um gestor, procure ter sempre ao seu lado colaboradores com um propósito em comum. Tudo fica melhor e cheio de sentido. 

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CEO de cooperativa de crédito, autor de livros sobre cooperativismo e Influenciador Coop do Sistema OCB.

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