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Tecnologia ajuda empresas a manterem exportações seguras e competitivas

Após a China identificar a presença de coronavírus em salmão e camarão importados, as autoridades do país asiático anunciaram que os testes tiveram resultado positivo também em uma amostra de frango congelado importado do Brasil.

Outros produtos do mesmo lote foram testados, assim como pessoas que tiveram contato com os frangos e todos os resultados foram negativos.

Os fatos levaram o país asiático, principal parceiro comercial do Brasil, a aumentar o controle sob importações.

No mercado brasileiro já existem tecnologias capazes de ajudar empresas a manterem suas exportações seguras e competitivas.

Apesar de não haver evidências dos alimentos serem potenciais meios de transmissão do vírus e das autoridades chinesas reconhecerem que o risco de contaminação em alimentos congelados seja baixo, elas solicitaram a adoção de medidas que comprovem à General Administration of Customs (GACC), órgão chinês responsável pela segurança dos alimentos importados e exportados, que os produtos brasileiros não oferecem risco de contaminação. Uma das solicitações foi a testagem em massa de funcionários em frigoríficos.

Rafael Rodrigues de Oliveira, coordenador Técnico e de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da empresa de biotecnologia Neoprospecta, diz que existe a possibilidade de um funcionário contaminado que tenha tido contato com o frango no frigorífico no Brasil passar o coronavírus para a superfície do produto. No entanto, o vírus teria poucas chances de chegar à China ainda ativo.

“Os testes feitos por laboratórios em geral detectam a presença do vírus, mas não se ele está ativo. Acredito ser muito difícil que, se encontrado, estivesse viável”, avalia.

Ainda assim, não existe um estudo mais aprofundado para entender o comportamento do vírus em alimentos, indicando quanto tempo ele pode permanecer viável.

Mas algumas investigações científicas realizadas em diferentes superfícies indicam que o tempo de vida do Sars-Cov2 pode variar entre 4h até 72h, dependendo do material.

A Neoprospecta tem feito testes para detecção do coronavírus em amostras de frigoríficos brasileiros e diz não ter encontrado traços da doença, até agora.

Mas o aumento no número de casos da doença dentro das indústrias brasileiras parece estar diretamente relacionado às suspensões chinesas.

Com isso, levanta-se o alerta em relação ao ambiente em que estes alimentos são produzidos. 

Como as superfícies contaminadas estão entre as formas de transmissão, é necessário atenção não só em relação à identificação de funcionários infectados, mas também em relação aos ambientes.

Validar os procedimentos de limpeza e desinfecção realizados e monitorar estes ambientes periodicamente são formas de garantir um local seguro para a produção dos alimentos e para a atividade dos profissionais.

Testar superfícies, alimentos e funcionários

Entre as soluções desenvolvidas pela startup para aumentar a segurança da operação de empresas de alimentos estão os testes de detecção do vírus em superfícies, produtos e funcionários.

Todos os testes são feitos utilizando a metodologia de RT-PCR,  a mais precisa e segura para identificação do coronavírus, que detecta diretamente o material genético do vírus.

Os testes aplicados são realizados pela spin off da Neoprospecta, a BiomeHub.

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