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Estendeu o home office? Como se preparar para a nova temporada de teletrabalho

Para preservar os colaboradores diante da pandemia do coronavírus, muitas empresas têm optado por estender o trabalho em home office, mesmo com a flexibilização das medidas de isolamento social em andamento em várias cidades.

Com as estruturas de trabalho remoto montadas e a percepção de que a produtividade permaneceu, a decisão tem abrangido companhias de portes variados.

Mas como elas estão assegurando que a solução, que se imaginava temporária, funcionará no longo prazo?

Os gestores de Recursos Humanos de quatro empresas que já decidiram permanecer em home office por mais tempo. HostGator, Softplan, Transfeera e Effecti, explicam como estão agindo:

Elas oferecem os recursos de que os colaboradores precisam para trabalhar

A HostGator, multinacional de hospedagem de sites e serviços para presença online, adotou o trabalho em home office no dia 16 de março, e decidiu permanecer assim pelo menos até o fim de setembro.

Os colaboradores puderam levar para casa todos os equipamentos de que precisavam para trabalhar, como computador, fone de ouvido e cadeira.

Além disso, eles também passaram a receber um auxílio financeiro mensal adicional para cobrir despesas não planejadas que pudessem ter por conta do home office, como uma conta mais alta de energia elétrica ou de internet.

“Também bancamos a instalação de internet na casa dos colaboradores que não tinham  um plano antes do início do trabalho remoto”, diz Giulianna Boscardin, gerente de Recursos Humanos da HostGator.


Na Transfeera, o “vale home office” também se tornou um benefício adicional para os colaboradores, que trabalham a distância desde o dia 15 de março.

Os demais benefícios já oferecidos, como o vale-alimentação, foram mantidos.

Atualmente, a Transfeera prevê permanecer em home office pelo menos até o fim de julho.

Lá, a avaliação sobre o retorno para a sede, em Joinville, é feita mês a mês, a partir de conversas com o time e do cenário da pandemia na cidade.

“Como todo o nosso time conseguiu se adaptar a esta nova rotina, estamos mantendo o trabalho remoto. Priorizamos a equipe sempre, e é essencial proporcionar conforto e bem-estar nesse período de incertezas”, comenta o CEO da fintech, Guilherme Verdasca.

Elas ficam atentas à saúde mental e emocional dos funcionários

A Softplan, uma das maiores desenvolvedoras de software do país, com perto de 2 mil colaboradores, vai mantê-los trabalhando remotamente até 31 de dezembro.

Por isso, adaptou seu programa de promoção à saúde e bem-estar aos novos tempos.

O Softplan+Saúde já existia antes da pandemia e passou a oferecer de forma on-line uma série de atividades que ocorriam presencialmente, como: ginástica laboral, yoga, meditação, acolhimento psicológico, atendimento médico e outros.

Também passou a realizar webinars periódicos com todos os colaboradores para tratar sobre saúde física, mental e emocional.

“Nossa principal preocupação desde o início da quarentena vem sendo a saúde e a segurança dos colaboradores e de suas famílias”, explica Edson Honma, diretor de Desenvolvimento Humano e Organizacional da empresa. 

O mesmo foi feito na HostGator, mencionada no início do texto. Entre outras medidas do Programa Sinta-se Bem, uma que faz sucesso entre os colaboradores é a atividade semanal de meditação e respiração em conjunto, batizada de “11 minutos contra a ansiedade”.

Além disso, atendimento psicológico profissional por meio de uma plataforma on-line foi disponibilizado para todos.

“Sabemos que muitas pessoas sentem angústia, aflição e ansiedade por conta do isolamento social. Por isso, priorizamos ações que ajudassem os colaboradores a se sentirem bem consigo mesmos”, diz a gerente.

Elas acompanham os resultados para checar a produtividade

Na Softplan, em 90 dias de teletrabalho, foram realizadas mais de 25 mil reuniões, trocadas cerca de 10 milhões de mensagens, utilizadas mais de 160 mil horas em ligações de áudio e outras 80 mil em vídeo. Fora isso, foram mais de 5 mil visualizações em eventos ao vivo.

“Existe um mito de que a produtividade  diminui quando os times trabalham remotamente, o que não se comprovou durante esta nossa experiência de três meses de home office na Softplan.  A qualidade das entregas mostra que estamos conseguindo nos manter eficientes e ainda mais conectados uns aos outros e aos clientes durante este período de isolamento ”, destaca o diretor de DHO.

Eles escutam os colaboradores ao tomar decisões

Para Cesar Nanci, CEO da Pulses, startup que desenvolve soluções para medir o clima organizacional de forma contínua, os colaboradores não devem ficar de fora do processo decisório também quando o assunto é decidir entre voltar para o escritório ou estender  o home office:

“É preciso escutá-lo continuamente através de pesquisas. Com estas informações em mãos, a empresa pode tomar ações muito mais assertivas e rápidas, garantindo o bem-estar do seu time”.


Foi o que fez a Effecti, startup de Rio do Sul, que estendeu o home office até o final de julho, mesmo com a flexibilização do isolamento no estado.

Para entender se os colaboradores estavam preparados para voltar, a empresa realizou uma pesquisa interna, em que 80% indicaram preferir continuar trabalhando de casa por enquanto.

Com base nesse resultado, a Effecti definiu que, a partir de 1º de agosto, quem se sentir confortável poderá voltar ao trabalho presencial, mas respeitando  uma quantidade máxima de pessoas no escritório.

“Passadas as adaptações iniciais, estamos satisfeitos. O time está trabalhando bem de casa e muitas pessoas relatam que estão mais felizes. A tendência é adotarmos um modelo híbrido”, explica Fernando Salla, CEO da Effecti.

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