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Dívida Pública do Brasil recua 0,45% em janeiro mas ainda é trilionária

O Tesouro Nacional apresentou nesta semana, o Resultado Mensal da Dívida Pública referente ao mês de janeiro.

O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Luis Felipe Vital, fez uma análise sobre a conjuntura do mercado internacional no mês,

Ele destacou o aumento do sentimento de risco no mercado com o coronavírus, que impactou a percepção de risco de crédito dos países emergentes:

“A curva de juros ganhou inclinação, com indicadores de inflação abaixo das expectativas”.

Emissões e Resgates 

Em janeiro, as emissões da Dívida Pública Federal corresponderam a R$ 63,67 bilhões, enquanto os resgates alcançaram R$ 122,28 bilhões, resultando em resgate líquido de R$ 58,61 bilhões.

Desse total, R$ 55,43 bilhões são referentes ao resgate líquido da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), e R$ 3,18 bilhões, ao resgate líquido da Dívida Pública Federal externa (DPFe).

Estoque

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) apresentou variação mensal negativa de R$ 19,3 bilhões, redução em termos nominais de 0,45% em relação a dezembro, encerrando o período em R$ 4,23 trilhões.

A DPMFi teve seu estoque reduzido em 0,63%, passando de R$ 4,08 trilhões em dezembro para R$ 4,05 trilhões em janeiro, devido ao resgate líquido de R$ 55,43 bilhões, neutralizado, em parte, pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 29,75 bilhões.

 Já o estoque da DPFe teve elevação de 3,86% sobre o estoque apurado em dezembro, encerrando o mês de janeiro em R$ 172,07 bilhões (US$ 40,30 bilhões).

São R$ 156,12 bilhões (US$ 36,57 bilhões) referentes à dívida mobiliária e R$ 15,95 bilhões (US$ 3,74 bilhões) relativos à dívida contratual.

Essa variação deveu-se ao resgate líquido, no valor de R$ 58,61 bilhões, compensado, em parte, pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 39,31 bilhões.

Custo médio

O custo médio da DPF aumentou, saindo de 8,71% a.a., em dezembro, para 9,20% a.a., em janeiro.

O custo médio acumulado em doze meses da DPMFi também se elevou, passando de 8,66% a.a., em dezembro, para 8,72% a.a., em janeiro.

O custo médio da dívida externa registrou um aumento significativo no período, passando de 9,65% a.a. para 21,96% a.a.

De acordo com o coordenador, a variação se deve, principalmente, à valorização de 5,92% do dólar em relação ao real.

Mas, segundo ele, “a valorização cambial não traz grande preocupação, pois a dívida externa representa apenas 4% do montante total da DPF”.

O custo médio das emissões em oferta pública da DPMFi acumulado em 12 meses foi 6,79% a.a., o menor valor da série histórica (início em dezembro de 2010).

Detentores

O estoque de Fundos de Investimento (FI) apresentou elevação, passando de R$ 1.089,48 bilhões para R$ 1.093,42 bilhões, entre dezembro de 2019 e janeiro de 2020.

A participação relativa do grupo FI aumentou para 26,95%.

O grupo Previdência, por sua vez, reduziu seu estoque em R$ 1,94 bilhão, atingindo R$ 1.014,24 bilhões no mês.

Assim, a participação relativa passou de 24,89% para 25,00%.

As Instituições Financeiras também reduziram o estoque, passando de R$ 1.008,08 bilhões para R$ 962,07 bilhões no período dezembro de 2019 a janeiro de 2020.

Programa Tesouro Direto

O estoque do Tesouro Direto alcançou R$ 59,30 bilhões, uma redução de 0,59% em relação a dezembro.

As emissões em janeiro atingiram R$ 2,046 bilhões, enquanto os resgates corresponderam a R$ 3 bilhões, o que resultou em resgate líquido de R$ 958,28 milhões.

O título mais demandado pelos investidores foi o Tesouro Selic, que respondeu por 55,73% do montante vendido.

As operações até R$ 5 mil responderam por 86,29% das compras do programa.

No mês passado, 319.460 novos participantes se cadastraram no Tesouro Direto.

O total de investidores cadastrados chegou a 5.945.793, o que representa um incremento de 76,19% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Desse total, 1,21 milhão (variação de 43,30% nos últimos 12 meses) são investidores ativos.

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